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Zagreb, Croácia: Pequena crónica da 8ª feira do livro anarquista

A 8ª feira do livro anarquista em Zagreb foi um bom espaço de encontro com muita gente ativa na região, tal como ocurreu nos anos anteriores, assim como alguns debates interessantes e intercâmbio de material.

Na feira estiveram presentes várias iniciativas, como a de Active Distribution, a iniciativa editorial što čitas, outras vindas de Londres, Sérvia, Estónia, Chequia e a nossa, vinda de Hamburgo, com alguns fanzines e material do Café Liberdade.

No primeiro dia levaram-se a cabo debates sobre iniciativas locais e temas históricos, e podemos relaxar no jardim, enquanto que os cartazes que difundiam a feira eram visíveis em muitas das livrarias da cidade. Como todos os anos, as atividades do segundo dia não se realizaram somente em espaços interiores, pois a feira mudou-se para o parque central. No mesmo dia havia uma manifestação no marco das mobilizaçõess do dia europeu de ações contra o capitalismo,o 31M, que começou na universidade de Zagreb e terminou no parque onde se havia montado a feira.

Pessoalmente estava encarregado, junto com uma pessoa da universidade de Zagreb, de realizar um debate sobre tecnologia, anarquismo, e movimentos sociais. Os eixos principais deste debate eram:

A apresentação de algumas iniciativas que usam twitter ou googlemaps para o seu trabalho político e o debate foi polémico.

Constitue um problema que as pessoas se centrem mais no ativismo “virtual” em vez de na ação e nas relações “reais”?

Como tratamos a dependência das infraestruturas dominadas pelol Estado e pelas empresas, como por exemplo o hardware para a web?

Claro que o tempo no dava para falar em detalhe sobre tudo isto, mas se trata se trata seguramente de um debate muito importante que há que abrir num contexto anarquista, sobre o bom e o mau uso das tecnologias.

No terceiro dia, um ativista oriundo da Rússia fez uma apresentação da situação atual em geral na Russia, a luta antifascista las iniciativas anarquistas. A seguir, o debate centrou-se na situação legal, o “departamento contra o extremismo”, a postura que toma, em geral, as pessoas na Rússia perante a violência nazi e os tipos de apoio que têm os neonazis por parte da sociedade.

A feira constituiu uma boa oportunidade de entrar em contato com anarquistas da região, e passamos muito bem esse tempo  em Zagreb, esperando poder voltar no próximo ano.

fontes: a3yo via anarchistnews