Rede tradutora de contrainformação

Lisboa, Portugal: Contra os técnicos e o seu mundo – Apoio mútuo anti-fracking, na BOESG a 6 de Maio

A Biblioteca e Observatório dos Estragos da Sociedade Globalizada volta ao ataque!

A Secção dos estragos da Técnica & sua Ultrapassagem apresentam no dia 6 na BOESG – às 18h “Apoio Mútuo Anti Fracking” com a presença de dois companheiros da Assembleia contra a Fractura Hidráulica em Burgos, seguido de jantarada vegan (Rua da Penha de França nº 217 B – Lisboa)

Contra os Técnicos e o seu Mundo!

Assistimos com amargura e impotência à transformação de um mundo em que a Técnica se tornou religião e ideologia, e onde os seus missionários (técnicos) se propagam e ocupam um espaço cada vez mais inquestionável no quotidiano de todos os seres vivos. E é a partir da necessidade de questionar este presente (e inevitavelmente um futuro) de morte a que nos tentam conduzir estes timoneiros da verdade científica, que na BOESG se organizarão três conversas centradas em três dos principais “estragos” que tornam as nossas vidas e o meio que nos envolve numa história sem qualquer final feliz possível: Combustíveis Fósseis, Mineração e Energia Nuclear.

Balanço da situação

Em 2011 nos territórios autónomos vizinhos, tal como em Portugal em 2012, descobriu-se que a Península Ibérica estava assinalada para procura e exploração de gás natural não convencional (Shale Gas) através da técnica de Fracturação Hidráulica (Fracking) e de petróleo não convencional, no caso de Portugal (heavy oil, Lith Oil). Portugal e Espanha, tal como a Irlanda e a Noruega, além de serem primeiros países a receber fontes de combustível não convencional na Europa, foram investindo bastante em estudos e construção de infraestruturas de apoio como gasodutos, locais de armazenamento de gás, centrais de tratamento de petróleo pesados como as Tar Sands, e portos.

O Fracking e as energias não convencionais são o novo monstro da indústria petrolífera, o novo combustível da economia mundial, como também o novo messias do conforto Ocidental. Um produto que veio levantar mais uma vez a questão do papel dos humanos no ecossistema, e que fez crescer a preocupação com os gases efeito de estufa e o seu impacto na camada de ozono, para além do risco de contaminação dos lençóis freáticos.

Em Burgos, a resistência tornou-se uma referência para os colectivos anti fracking  de toda a Europa e no final do ano passado, diversos meios davam a notícia de que uma das principais empresas – a que tinha em sua posse autorizações para perfurações através da técnica do fracking, a BNK Petroleum – abandonava finalmente a península e desistia dos seus projectos em Espanha. No entanto, a Assembleia contra o Fracking alerta que as sombras negras de outras multinacionais (Gas Natural e Repsol) continuam presentes na Cantábria e no norte de Burgos.

BOESG