Dois trabalhadores albaneses e uma mulher grega perderam a vida após o derrube de uma construcção tradicional na cidade de Edessa (norte da Grécia). O edifício estava em reconstrucção quando de repente colapsou. O trabalhador de 40 anos faleceu imediatamente sob as ruínas do edifício enquanto que o seu companheiro e a proprietária faleceram hoje. Este acontecimento vem somar 3 pessoas a lista de mais de 8000 trabalhadores que morreram durante o trabalho desde 1970 até hoje (cálculo este que não inclui mineiros, agricultores ou estivadores). é interessante recordar que segundo um estudo da O.N.U. 99, 2% dos denominados “acidentes de trabalho” que ocorrem em todo o mundo poderiam ser evitados caso os empregadores tomassem as medidas de segurança necessárias. Mas a verdade é que a perda de uma vida humana custa menos para os patrões e as suas empresas. Afinal, o capitalismo baseia-se na exploração humana e na morte. As consequências da guerra social na Grécia e não só são vastas. Acontecimentos como o descrito serão mencionados como “acidentes de trabalho” embora se saiba que é apenas mais um assassínio por parte do capital. Mas é também verdade que estes não farão efeito junto da classe trabalhadora, a qual continuará apática e inerte, na sua escolha entre uma morte lenta trazida pelo desemprego ou a possibilidade de perder os seus “filhos” no altar do lucro para os capitalistas.
Como foi dito pelo presidente da Γ.Σ.Σ.Ε. (federação geral dos trabalhadores gregos) há apenas algumas semanas: “não existirão greves no futuro próximo.”.