Durante as duas últimas semanas de Maio, foram instalados, segundo a imprensa, dez engenhos explosivos e incendiários.
Escrevemos para reconhecer a autoria de um deles. Por razões de segurança não indicamos qual dos engenhos foi, mas parece-nos que, após dois meses da nossa ação falhada, é necessário destacar a existência de vários grupos com a disposição e compromisso de ataque.
Acreditamos que, se não comunicarmos entre nós, se perderá a oportunidade de compartilhar ideias e experiências que podem ser fortalecidas e que, por sua vez, possam servir a outros grupos e companheirxs.
Ao afirmarmos isto não propagamos que esta seja a linha correcta, mas sim que se torna necessário analisar e fomentar uma retrospetiva dos acontecimentos que contribua para ajustar as acções.
Se se escrevesse somente para gabar os sucessos, teríamos que ignorar outras ações que saíram frustradas, não valorizando assim a coragem e determinação das pessoas dispostas a atacar.
A nossa ação não é nenhum triunfo mas tampouco nos sentimos derrotadxs, isso apenas nos impele às melhorias que possibilitem atingir os nossos objetivos.
Através disto queremos contribuir para a discussão sobre a necessidade de se atingir um equilíbrio entre a disposição de atacar e a eficácia do nosso ataque, ou seja, entre a materialidade da ação e as ideias que lhe estão subjacentes.
O uso de armas e/ou ações violentas não têm em si um conteúdo político, são as ideias que as sustentam que lhe dão este caráter.
Reconhecemos a importância da reivindicação da memória e da solidariedade combativa, irmanamo-nos com a ação do companheiro Mauricio Morales e com os companheiros do caso Security e nunca ficaremos de braços cruzados perante a condenação que a sociedade lhes impôs.
Até já,
Grupo de Ação Nikos Romanos