Há poucos dias a administração da cidade de Atenas, tendo como pioneiro o prefeito Georgios Kaminis, concedeu um edifício municipal, na Rua Filolaou, Nº 159, a um esquadrão nazista, a fim de acomodar os escritórios de seu partido.
O escritório especial foi nomeado para as necessidades das comissões da escola regional e, a despeito da condenação unânime do segundo conselho comunal, as chaves foram entregues aos fascistas.
Na primavera de 2009, membros para-estatais do grupo Xrisi Augi (Amanhecer Dourado) encarregaram-se de um parque recreativo na Praça de San Pantelehmonas, resultando no atropelamento da vitalidade de centenas de crianças locais e imigrantes. Como se isso não bastasse, colocaram na agenda diária do bairro espancamentos, intolerância, racismo e o recrutamento de crianças de escolas próximas.
E, lamentavelmente, não param por aí. Seu rico resumo compreende ataques mortais contra imigrantes e refugiados, intimidação aos jovens nas praças e lugares públicos e ataques a ativistas, okupações e áreas sociais.
Os fascistas buscam se estabelecer nos escritórios da Rua Filolaou, adquirindo assim outra base para suas atividades terroristas.
Eles desejam tranqüilos semear em nossos bairros as sementes do canibalismo social e do terror, onde ao mesmo tempo uma grande parte da sociedade se levanta e luta coletivamente. Eles querem envenenar a sociedade com ódio racial e explosões nacionalistas, enquanto as desigualdades de classe crescem e se aprofunda a injustiça social. Não é por acaso que, em maio passado, eles se aproveitaram da morte trágica de Manolis Kantaris para lançar o terror no centro de Atenas. Também não há coincidência que na manifestação contra o memorando de 28 de junho, enquanto a polícia estava lidando com o uso de produtos químicos para dispersar a decisiva multidão de manifestantes, membros da Xrisi Augi se abraçaram com as forças do grupo MAT (polícia antidistúrbios), que na realidade os contrabandeava no pátio do Parlamento grego, a fim de proteger seus comparsas fascistas da ira da multidão.
Estamos dispostos a tolerar aos nazis atuando tranqüilos em nossos bairros?
À pobreza, desemprego, miséria, nós respondemos com solidariedade. Ao racismo e à segregação social, respondemos com a comum, auto-organizada luta de nativos e imigrantes, jovens e idosos, trabalhadores e desempregados.
Ao canibalismo à alienação respondemos com coletividade.
A luta contra o fascismo é uma questão de vida e dignidade.
Nem um só espaço aos inimigos da liberdade.
O fascismo não é apenas um espetáculo na mídia.
Nem em Pagkrati, ou em qualquer lugar – Nazis fora dos bairros!
Assembléia de Moradores
fonte/em inglês e francês
agência de notícias anarquistas-ana