Há pouco tempo fizémos uma visita ao parque de estacionamento do Ministério de Segurança Pública de Quebéc na rua Fullum 600, derramando decapante de tintas nos seus veículos oficiais e furando os pneus.
O Ministério de Segurança Pública de Quebéc é responsável por, entre outras coisas, supervisionar a polícia municipal e provincial e as prisões provinciais. Este é o ministério responsável por todos os aspectos das condições de encarceramento no Quebéc – desde a conduta da bófia até aos ítens disponíveis no refeitório.
No momento da publicação deste texto (3/11/2013), estão a decorrer duas manifestações de resistência ao sistema prisional no Canadá; Uma é uma greve de fome realizada por imigrantes detidos, em Ontário, que não sendo acusados por nenhum crime, estão detidos esperando a deportação. As suas exigências incluem melhor tratamento e o fim da detenção de imigrantes sem acusações criminais. A greve de fome está agora na quinta semana.
A outra é uma greve ao trabalho, realizada em muitas prisões federais, de todo o país, protestando contra a recente diminuição em 30% dos salários dos presos. O governo justifica a redução, afirmando que eles têm de pagar a sua parte pela permanecia e comida. Como se não bastasse já aos prisioneiros, terem de trabalhar para manter as suas prisões, agora terão que pagar para ficarem presos. Essa redução de salários é parte de uma tendência mais ampla na qual prisioneiros enfrentam a pior das condições – como sentenças mais longas, condições mais rígidas para obtenção de liberdade condicional, superlotação das celas e menos programas na prisão.
Solidariedade com os presos em luta; pelo fim de todas as polícias e prisões. E por Youri e Guillaume, que se encontram na prisão provincial de Bordeaux, Montréal, presos anti-G20 de Toronto.