Na véspera das eleições europeias (25 de Maio de 2014) realizamos um ataque armado contra a sede central do PASOK (partido socialista co-governante). Xs compas da organização colocaram-se na rua Mavromichali e dispararam contra as janelas traseiras do edifício com uma arma militar, uma AK47.
O PASOK tem desempenhado um papel histórico a serviço do Capital. A sua ascensão ao Poder baseou-se nos mecanismos da classe burguesa para dobrar a luta de classes e perverter a sociedade grega após a transição à democracia.
O PASOK, em todos os anos de democracia, baseou a sua política na repressão das resistências sociais.
Atualmente, o PASOK pertence ao núcleo duro do totalitarismo estatal. O governo conjunto do PASOK com os neofascistas da direita dá uma fachada democrática ao ataque capitalista selvagem.
Esta semana vota-se no parlamento o projeto de lei que prevê a exterminação daquelxs presxs que resistem à barbárie da prisão. As masmorras penitenciárias estão plenas de famintxs, enquanto as condições de vida dentro delas pioraram. Muitxs lutadorxs encontram-se encarceradxs nas celas democráticas. Desde o segundo período de governo do PASOK que o Estado grego tem tentado quebrar as lutas dxs presxs com a heroína e as suas máfias. Agora, quer matar xs lutadorxs em celas brancas.
As propostas de melhoria do PASOK dão um álibi apaziguador a este projecto assassino. É assim que tenta dividir a luta dxs presxs.
Todos os executivos do aparelho estatal são pessoalmente responsáveis dos crimes do Poder. Os que oprimem xs trabalhadorxs, os que atacam as lutas sociais, os órgãos que vigiam os campos de concentração e as prisões, os dirigentes políticos da maquinaria repressiva, os parlamentares que votam as novas medidas sobre as prisões e o presidente do regime que as assina. O movimento de classe tem a força para castigar os defensores da classe burguesa um a um como merecem.
As balas que cravamos na sede do PASOK foram uma entrada para os poderosos. Pagar-se-ão todas as contas da opressão e exploração.
Xs compas que realizaram o ataque contra a sede do PASOK tinham à vista os antidistúrbios MAT que vigiavam o edifício. Poderíamos tê-los atacado e teria sido uma ação justa. A barbárie dos órgãos do Poder será esmagada pela força das armas da resistência. Não os atacamos desta vez porque o plano político da organização tinha como objectivo claro este específico aparato político da patronal.
A libertação da dominação dos aparelhos capitalistas internacionais será o resultado da revolução social. Imigrantes, trabalhadorxs locais e desempregadxs devem tomar a base produtiva nas suas mãos. Devemos autonomizar a vida social, contra as relações capitalistas e o Estado. Para este verdadeiro derrube social, necessita-se a iniciativa combativa, a solidariedade e a auto-organização dxs trabalhadorxs nos espaços laborais e de todxs xs oprimidxs de classe nos bairros e nos campos. O círculo vicioso da miséria quebra-se com lutas e revoltas.
-Que se retire a nova lei sobre as prisões.
-Que se abule a lei “anti-terrorista”.
-Que encerrem os campos de concentração.
-Que pare o pogrom contra xs imigrantes.