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Milhares de manifestantes marcham em Atenas no aniversário da revolta estudantil de 1973

Milhares de manifestantes marcham em Atenas no aniversário da revolta estudantil de 1973.
Aproximadamente 50 mil pessoas manifestaram-se hoje (17) em Atenas para marcar o trigésimo sétimo aniversário da revolta estudantil que derrubou a junta militar em 1973. O protesto anual foi um dos maiores dos últimos anos.
Foram registrados duros confrontos entre manifestantes e a polícia grega, principalmente no fim do protesto. Ao menos 50 pessoas foram detidas. 
Mais de 7 mil policiais ficaram em pontos-chave de Atenas para “vigiar” os protestos, inclusive com helicópteros.
Como em quase todos os anos, as lojas foram fechadas e o trânsito parou na capital, enquanto a passeata, encabeçada por uma bandeira da escola politécnica manchada de sangue, atravessava a cidade até chegar à embaixada dos Estados Unidos (que apoiou à ditadura militar grega de 1967-1974).
Em frente à embaixada a polícia grega entrou em choque com manifestantes. Os agentes usaram gás lacrimogêneo para dispersar os protestantes, que reagiram com pedras, garrafas e outros objetos.
Nem a forte chuva afastou as pessoas, que cantavam slogans mais relevantes à atual crise de dívida da Grécia, como “Sem FMI, sem UE, vamos assumir nosso próprio destino”, “Não pagaremos sua crise”, “Contra a austeridade e a submissão”, “Eles querem nos declarar guerra, devemos contra-atacar”. 
“O aniversário deste ano tem de ser a catapulta para mais manifestações para enviar uma mensagem forte a todos eles – à União Européia, ao FMI e ao governo grego – uma mensagem poderosa para que possamos rasgar as medidas e fazer prevalecer os nossos direitos a uma vida melhor”, disse um estudante.
“Estamos aqui para honrar a revolta histórica, mas também para protestar contra a UE e o FMI e as severas condições”, falou mais um manifestante. “Estamos cansados deste governo”.
Durante o dia inúmeras pessoas colocaram flores nos portões da Universidade Politécnica de Atenas, na altura derrubados por tanques enviados para acabar com a desobediência estudantil.
Em Tessalônica mais de 15 mil pessoas participaram de outro protesto. Lá também houve confrontos. Outras cidades gregas também registraram manifestações, como Patras, Serres, Volos, Xanthi, Heraclio, Komotini, entre outras.

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