Entre 5.000 e 7.000 mil pessoas protestaram ontem (15) no início da noite no centro de Atenas contra o FMI e as medidas impostas há meses no país (cortes de salários, aumento de impostos e reforma das aposentadorias), durante a visita dos “experts” do FMI que estiveram visitando a capital grega antes do pagamento de cada uma das parcelas do empréstimo de 110 bilhões de euros (150 bilhões de dólares) concedido em maio.
Durante a passeata foram registrados choques entre manifestantes e a polícia grega, que utilizou gás lacrimogêneo para dispersar grupos de manifestantes.
Os protestantes também atacaram alguns estabelecimentos.
No final da manifestação a polícia motorizada “Delta” feriu com gravidade uma ativista de origem estadunidense na cabeça. Os agentes a derrubaram e chutaram a sua cabeça. Ela foi hospitalizada.
Ainda ontem, à noite, a Faculdade de Jornalismo de Atenas, localizada num bairro rico, Kaloniki, foi atacada com dispositivos incendiários (foto em anexo). Nenhum grupo assumiu a ofensiva.
Amanhã (17), diversas manifestações estão sendo convocadas na Grécia. O 17 de novembro é celebrado como um dia de revolta no país. Neste dia, em 1973, pelo menos 23 pessoas morreram e centenas foram presas quando tanques e soldados invadiram o campus da Universidade Politécnica de Atenas, durante uma revolta que resultou na derrota do governo militar grego. O número de mortos nunca foi oficialmente estabelecido e algumas fontes defendem que o número seja muito maior.