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Greve geral: “Povo, não baixes a cabeça e não te deixes vencer”; violência policial em Atenas

Em dia de greve geral, milhares de gregos saíram às ruas nesta quarta-feira, 11 de maio, para protestar contra as medidas de austeridades e privatizações decididas pelo governo do Partido Socialista, FMI e União Européia.

A manifestação em Atenas terminou com uma violenta repressão das forças de segurança contra manifestantes. Um ativista foi hospitalizado com ferimentos graves.

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Nos arredores do Parlamento, a polícia utilizou gás lacrimogêneo, bombas de ruído e cassetetes para dispersar os milhares de manifestantes, que revidaram com pedras e outros objetos. Dezenas de pessoas ficaram feridas, pelo menos 30 manifestantes foram detidos pela polícia.

Um dos manifestantes teve de ser hospitalizado depois de ter sido agredido na cabeça com cassetete. Ele perdeu muito sangue e foi submetido a uma cirurgia de emergência e se encontra em coma profundo numa UTI (Unidade de Terapia Intensiva). As próximas 24 horas serão cruciais para a sua sobrevivência, segundo boletins médicos.

O governo socialista grego mandou um forte contingente para a rua para controlar os protestos, que juntou trabalhadores, pensionistas, desempregados, imigrantes, estudantes, comunistas e anarquistas.

Também houve manifestações em Tessalônica, Patras, Ioannina, Agrinio, Serres, Lamia, Xanthi, Esparta, Arta, Volos, Katerini, Larisa, Creta e Serres, entre outras cidades gregas.

Esta greve é a segunda do ano e a nona desde o início da crise econômica grega. A greve paralisou o transporte marítimo e ferroviário, obrigou o cancelamento de centenas de vôos e mantém o atendimento médico em hospitais e outros serviços no mínimo.

Bancos, escolas e repartições públicas também pararam e até mesmo os jornalistas cruzaram os braços em protesto contra a onda de demissões, redução de salários e fechamento de veículos de imprensa.

Fotos: abcd

agência de notícias anarquistas-ana