Rede tradutora de contrainformação

Portugal: A alegria da revolta é à prova de bala

Face a uma sociedade que “planeia tudo para o bem comum”, sabemos que o bem de cada um de nós é inerente à revolta contra o planeamento de tudo. O ataque contra qualquer uma das manifestações desta ordem social leva em si a vontade de agirmos por nós mesmos, e a possibilidade de pôr em causa toda a lógica da sociedade, que aparenta ser inatacável.”
O bairro de ninguém, jornal anarquista nº 1, Julho de 2011

*O bairro de ninguém  é um jornal anarquista  que pretende trazer ao de cima diferentes dinâmicas e lutas que se estão a levar a cabo. Este “trazer ao de cima” significa reconhecer as ligações entre lutas aparentemente distantes, entre locais aparentemente separados, entre pessoas aparentemente isoladas. Significa reconhecer um certo fio condutor que os jornais tentam cortar para que tudo permaneça como actos isolados, fruto de mentes criminosas ou desesperadas. Hoje em dia, qualquer um de nós pode ser apresentado como terrorista ou como louco: basta isso ser útil ao poder e à manutenção da sua ordem.

Tentaremos achar as palavras para expressar o que queremos, bem sabendo que o que queremos dificilmente encontra as palavras adequadas neste mundo. Apresentaremos ideias e tensões que nos animam, atirando a nossa pedra ao lago na esperança de outros atirarem as suas: a ver onde chegam os círculos formados, e onde eles se encontram.

Os artigos e informações serão publicados com o objectivo de desenvolver uma crítica radical ao existente e de expor dinâmicas que não fazem parte das crónicas dos jornais, mas que sem dúvida fazem parte de uma sensibilidade subversiva. Por mais insignificante que um acto possa parecer, ele pode destruir uma estrutura, subverter uma ideia feita, minar o limite das “maneiras certas de fazer as coisas”.

Esta experiência que agora começamos não se iniciou aqui, ela parte de pormenores à nossa volta que nos inspiram, e pretende ser um outro modo de comunicação entre esses pormenores, tão cruciais na luta pela auto-determinação das nossas vidas e na alegria que a rebelião nos dá.

alguns anarquistas

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