Eu quero viver entre pessoas que estão conscientes de que vivemos numa guerra. Uma guerra contra a vida, contra o espírito. Eu quero viver entre pessoas que não olham para o chão, ou que não deixam de te olhar nos olhos quando falas de luta ou de uma insurreição, porque no seu coração sabem que se renderam, e porque, talvez, apenas talvez – nunca realmente odiaram o sistema.
Eu quero viver entre pessoas que não foram compradas, que não tomaram os comprimidos que lhes foram oferecidos, porque preferiram a luta com o sentimento de ansiedade patológica do que viver como natureza morta. Pessoas que não pretendem estar a lutar quando é óbvio que o que estão a fazer é transformar um campo de batalha num jardim. Eu quero estar num lugar onde a guerra seja admissível.