Rede tradutora de contrainformação

Santiago, $hile: Por um 8 de Março Negro

Santiago, 7 de Março de 2014

Santiago 2014, marcha do dia da mulher, sexta-feira 7 de Março

Hoje queremos deixar bem claro que não somos participantes da celebração criada pela democracia para ocultar um conflito social que nos afeta a todxs, uma luta eliminada através da criação de estereótipos de feminilidade e masculinidade que vendem uma vã promessa de independência e liberdade individual que vitimiza, criminaliza e anula a diversidade sexual.

O poder e os seus lacaios encarregam-se de uniformizar os estilos de vida através de leis, publicidade e da moral, estigmatizando quem não esteja dentro dos parâmetros sociais de “normalidade”.

O patriarcado criou a imagem do homem frio, superior, sustentor económico, forte, protetor…, assim como a figura da mulher submissa, terna, abnegada…, transformando-nos, desde crianças, em escravxs de costumes que nunca quisemos adquirir e que nos impedem de ter um desenvolvimento íntegro como pessoas.

O machismo não acabará um dia a oferecer flores, nem com as mulheres a mudar de classe através do acesso ao poder, pois a estrutura social continua a reproduzir similarmente o que se fez antes.

A destruição do poder, de toda a autoridade que nos reprima, em qualquer âmbito da vida, assim como o entendimento da nossa condição de classe, são aspetos fundamentais para enfrentar esta luta juntxs, sem cair no jogo das falsas libertações e estereótipos vendidos pelo Estado e pelo Capital.

Por um 8 de Março Negro.
Contra toda a autoridade, Autogestão e Guerra Social.

Coletivo Luta Revolucionária
lucharevolucionaria@riseup.net