Esta é uma chamada para uma semana de solidariedade internacional com xs anarquistas no México, enfrentado a repressão, quer estejam presos atrás das grades da prisão ou a esconder-se pela sua liberdade.
O estado mexicano apontou a sua atenção para o florescente espaço anarquista que lhe tem atacado ativamente os instrumentos de defesa do estado, ou seja a sua base de sustentação. Agora é o momento certo para procurar inspiração no espaço anarquista referido e mostrar um pouco de amor axs nossxs companheirxs presxs.
A história do México é muito rica e não pode ser resumida num texto, como é o caso. O que pode ser referido são os esforços que têm sido feitos para viver em conflito com o estado. Esta chamada surge num momento em que o espaço anarquista no México tem ativamente contribuído para a luta contra o poder e a dominação. Ataques contra veículos policiais, bancos, edifícios governamentais e outros símbolos do poder levaram o estado mexicano a uma caçada para perseguir quem efetivamente tem ameaçado a base da paz social.
Já foram vários os casos recentes de repressão direcionada contra anarquistas no México: a prisão de Mario Tripa em 2012 e a sua nova detenção em Janeiro de 2014, o encarceramento atual de Mario Gonzalez, o sequestro e encarceramento de compas anarquistas, a deportação de Alfredo Bonanno que foi impedido de entrar no país e a tortura, interrogatórios, e deportação de Gustavo Rodriguez. No México, anarquistas deram uma resposta firme a essa repressão, celebrando a coragem dxs companerxs, através de ataques sustentados em solidariedade ativa. Entre 17 e 24 de Março de 2014 estamos a chamar internacionalmente para compartilhar a força e solidariedade ativa com xs compas a enfrentar repressão no México. Num momento em que os olhos do estado e xs seus cães se voltaram para xs nossxs companheirxs, estamos a pedir para que o ato seja devolvido em espécie.
“No entanto, mesmo tendo em conta o estado iminente de controle, ainda há quem não tenha medo, aquelxs que de dia ou de noite, sózinhos ou em coletivo, com fogo, fogo de artifício, bloqueios, explosivos ou armas, mostram que esta não é a vida que queremos, que – pelo menos na nossa perspetiva – o sistema deve ser totalmente destruído. A sua maldita paz social é um mito que tentam impôr-nos. Somente o conflito existe… É claro que temos de tomar o controlo das nossas vidas e dos nossos espaços; para ser capaz de o alcançar não há outra saída para além da Guerra Social.” —Mario “Tripa” Lopez