Na sequência dos recentes despejos em Calais, uma semana de acções em solidariedade com a resistência da « Jungle » teve lugar em Marselha. Numerosas indivídualidades e grupos contribuíram de forma anónima para as diversas ações contidas neste comunicado. Todos os alvos escolhidos colaboram na repressão, subjugação e deportação de imigrantes e/ou pessoas sem papéis em Calais e noutros lugares.
Abaixo segue a lista das acções tal como foram comunicadas pelos responsáveis:
500 autocolantes distribuídos pela cidade
i“Não aos despejos/deportações(*) – Solidariedade com a resistência em Calais”, “Imigrantes bem vindxs – tragam a malta”, “Colaboração – Solidariedade com xs sem papéis em Calais”, bem como vários outros, em francês e inglês.
No domingo, 6 de Março, tiveram lugar diversas pequenas ações
Foram destruídos cartazes da Frente Nacional (FN) tendo sido pintados slogans pró-migração numa parede das proximidades; Furados pneus de um veículo pertencente à Orange Telecom (ligada ao estado); Pintado com spray“Colaborador em deportações/despejos” em três marcos do correio da La Poste.
Um multibanco e uma câmara de segurança foram sabotados com tinta num banco BNP Paribas, na Avenue de la Corderie – “collabo” foi escrito junto à caixa multibanco.
O edifício da La Poste também foi pintado com spray: “Colaborador em despejos/deportações”.
200 cartazes colados à volta de Noailles, Belle de Mai e National (1º e 3º concelhos)
4 tipos de cartazes: “Solidariedade com xs sem papéis em Calais”, “Solidariedade com a resistência em Calais “ e “Solidariedade com as greves de fome em Calais “ (o último em francês e inglês).
Na 4ª feira, 9 de Março, de madrugada
Colocação de uma faixa em que se podia ler “Solidariedade com a resistência em Calais – ninguém é ilegal”; Slogans pintados com spray: “nem documentos, nem deportações/despejos”, “fogo às fronteiras, fogo ao estado”, “ sem fronteiras – sem estado – sem problemas”, “Vinci colabora em despejos/deportações” e “Não às deportações/despejos”.
Na 5ª feira, 10 de Março
– Ás 4:30 da manhã: Vidraças quebradas com pedras e fechaduras sabotadas. Contra os colaboradores ‘humanitários’ e as suas tentativas de adoçar a violência das fronteiras. Não há despejos pacíficos. Edifício da Cruz Vermelha, Rua Baille, 5º concelho.
– Duas caixas multibanco da colaboradora LCL postos fora de serviço. Uma viatura metropolitana sabotada e pintada com “calais” no tejadilho.
– Pintadas contra o Grupo SOS, em 6 edifícios seus no 1º, 3º e 7º concelhos: no 200 e 357 do blvd National, no 3 do blvd Grigou, no 2 da rua Grigan (fechaduras igualmente partidas), no 24a da rua Fort Notre-Dame, no 1 do blvd Charles Livron . Também foram feitas pintadas em duas estações de correios: no 184 do blvd National e na praça Bernard de Cabinet:“Colaborador em despejos/deportações”, “Solidariedade com xs sem papéis em Calais” e “Solidariedade com a resistência em Calais”.
– Noite de 5ª feira: Pintadas e bombas de tinta contra 3 edifícios da Cruz Vermelha à volta do blvd Chave no 5º concelho (uma loja de caridade e escritórios). Mensagens pintadas: “Solidariedade com Calais e “Colaborador em despejos”.
Na 6ª feira, 11 de Março
Um grupo de nós decidiu fazer uma faixa em que se podia ler:
“Abaixo todas as fronteiras – Solidariedade com a resistência aos despejos em Calais” em francês, árabe e inglês. Tirámos uma foto com alguns/mas companheirxs segurando a faixa, num pequeno gesto para com todxs aquelxs que lutam em Calais.
Nota dxs tradutorxs: a palavra “expulsions” em francês pode significar mutuamente deportação e/ou despejo. Por esse motivo – onde a palavra “expulsions” foi usada no original em francês – decidimos traduzir sempre em ambas as formas, uma vez que não sabemos qual a intenção dxs contribuidorxs. Onde a especificidade foi implícita, ou declarada abertamente, foi usada a tradução directa.