Génova, 18.11.17: Há muita raiva e, por vezes, é suficiente muito pouco para que se transforme em fogo.
Raiva e fogo andam juntos e não esperam por dias de campo para se dar a conhecer, atingem pobres e ricos – de modo semelhante ao acontecido no G8 de Génova ou no G20 de Hamburgo – mostrando a sua melhor face nessas ocasiões.
O fogo e a raiva actuam, apenas, não preparam o terreno para a revolução, não procurando adeptos entre as massas, olhando tristemente para uma sociedade em que não têm nada a pedir à sua própria existência.
Fogo e raiva: o primeiro um elemento, o segundo um sentimento, é preciso pouco para levá-los a se unir, somente um pouco de coragem, deixando depois sair um grito que perfura o manto da apatia na qual esta sociedade moribunda está agora envolvida e viciada.
Gritos de vingança pelas as dezenas de milhares de migrantes que morrem tentando atravessar as fronteiras espalhadas por todo o mundo.
Gritos à devastação e saqueis pelos Estados e multinacionais em nome do progresso.
Gritos que aquecem os corações das nossas irmãs e irmãos anarquistas em todo o mundo.
Catástrofes são os dias em que nada é feito contra a brutalidade dos governos!
Para xs companheirxs anarquistas, prisioneirxs da Op. Scripta Manent, para o prisioneiro anarquista em greve de fome Davide Delogu, para xs companheirxs de Florença, alguns carros foram destruídos pelo fogo, incluíndo um pertencente ao Serviço Consular italiano.
VIVA A ANARQUIA