Hoje, 3 de novembro, alguns companheiros saquearam uma cadeia de supermercados em Zografou, subúrbio de Atenas, e distribuíram os bens saqueados em um Mercado popular a céu aberto nas proximidades (Laiki) da ação direta.
O texto que segue é a tradução daquele que foi distribuído durante a ação:
Não vamos nos enganar. Por trás da retórica fácil de digerir sobre os fraudadores e os garotos de ouro, os alemães malvados e os – generalizados e abstratos – mercados impiedosos, se esconde a nossa eterna exploração e saque de bens produzidos pelo jugo dos patrões. E é muito claro que, enquanto eles dominarem nossas vidas, continuarão a nos desvalorizar e aniquilar para poder manter seus lucros. E os golpes consecutivos que temos recebido, não importa o quanto seja disparatada a forma com que se apresentem, servem aos interesses unificados de classe deles. Ao mesmo tempo, espalham medo para preservar sua autoridade: aumento do policiamento, perseguição de estrangeiros, suspensão do asilo [universitário], fomento ao racismo e ao patriotismo.
Chega de inatividade. Vamos tomar nossas vidas em nossas próprias mãos.
A perspectiva de classe dos oprimidos não é de luta pela sobrevivência, nem se espremer para uma posição de rendição e empobrecimento. Essa perspectiva será composta aqui e agora, nos pequenos e grandes momentos de negação e em nossas lutas. Nos confrontos diários com patrões e nas greves; nas manifestações, assembléias populares e estruturas de apoio-mútuo; em ocupações de prédios públicos, escolas e universidades; na ira contra os policiais e na solidariedade contra a repressão; nos atos agressivos contra alvos do Estado capitalista; nos movimentos de recusa de pagamento, desde as contas de eletricidade até os pedágios de estrada; no saque coletivo de bens em supermercados e sua redistribuição pública.
Vamos reunir nossa força coletiva.
Vamos traçar o plano da emancipação social e individual.
Guerra à guerra dos patrões.
Todos às Greves Gerais!
Tradução > Carlinhos Puig / agência de notícias anarquistas-ana