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Corinto, Grécia: Marcha contra os campos de concentração para imigrantes

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No domingo, 15 de Junho de 2014, cerca de 150 manifestantes marcharam até ao CIE, que se encontra dentro de uma ex-base militar na cidade de Corinto. A manifestação foi convocada pela Iniciativa Aberta Contra Os Centros de Detenção e pela Iniciativa Antiracista-Antifascista de Corinto, pela greve de fome que levaram a cabo os imigrantes internos no campo de concentração de Corinto (desde o dia 9 de Junho) e no de Amygdaleza (desde 11 de Junho) e que contou com a participação de coletivos e individualidades de Corinto, Atenas, Nafplio e Patras. A polícia local foi reforçada com dois esquadrões de polícia antimotim (MAT e YMET), vindos de Atenas para proteger a sede dos nazis do Amanhecer Dourado que se encontra a 100 metros do ponto de reunião dxs manifestantes. Além disso, uma carrinha da polícia e grupos de bófia motorizados (forças DIAS) seguiam a manif, mas não houve nenhum problema.

Simultaneamente, cerca de 50 compas da Assembleia No Lager, juntamente com solidárixs, participaram na marcha num bloco distinto, com uma faixa onde se podia ler “Pela destruição dos centros de detenção de imigrantes”. Gritaram-se palavras de ordem de apoio axs imigrantes e contra os campos de concentração e borraram-se pintadas nazis pelo caminho. Ao chegar, junto ao centro de detenção, voltaram-se a entoar palavras de ordem e foi colocada uma faixa colocada em balões que dizia, em inglês, Liberdade.

O nosso objectivo principal era transmitir axs imigrantes presxs a nossa solidariedade, algo que conseguimos, dado que se provocou reboliço no interior do acampamento, ao responderem xs imigrantes aos nossas sinais, gritando palavras de ordem. A bófia teve que encerrar xs imigrantes nas celas, para evitar que as coisas piorassem…

A Assembleia No Lager decidiu apoiar cada um dos momentos de resistência dxs migrantes pela sua vida e dignidade. Estamos e estaremos a seu lado, assim como estaremos também presentes nas futuras lutas, sem importar quantos dias durem as suas greves ou o nível de intensidade da sua luta. Enquanto a podridão se expande, torna-se também cada vez mais imperativo abraçar estes gritos de dignidade e liberdade, e destacar o que realmente são: parte das lutas sociais e de classe.

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