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Mais de 220 faculdades ocupadas em toda a Grécia contra a nova Lei de Ensino Superior

Em Patras, 2 de Setembro
Em Patras, 2 de Setembro

Nesta sexta-feira, 2 de setembro, mais de 220 faculdades de 20 universidades e escolas técnicas foram ocupadas em toda a Grécia. As assembléias gerais destas universidades decidiram empregar as ocupações em oposição à nova Lei de Educação Superior, aprovada há poucos dias, que torna as universidades em departamentos das empresas e presas do Capital, eliminando o asilo universitário e o ensino superior gratuito, entre outras questões.

Em Atenas, houve uma manifestação no dia 1 de setembro, com a participação de mais de 2.000 pessoas. Em Tessalônica, cerca de 1.000 estudantes se manifestaram em 2 de setembro. Em Patras, mais de 1.000 pessoas marcharam pelas ruas da cidade em 1 de setembro. Foi convocada uma nova manifestação para este sábado, 3 de setembro.

Na próxima semana serão realizadas novas assembléias em quase todas as universidades gregas. Nelas vão ser decididas se as ocupações e manifestações em toda a Grécia continuarão.

Fotos Patras: athens.indymedia.org

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agência de notícias anarquistas-ana

ACTUALIZAÇÃO

Quarta-feira, 7 de setembro, estudantes de 300 faculdades em todo a Grécia votaram em assembléias estudantis a favor da ocupação de suas instituições. Quase a metade destas faculdades realizaram uma assembléia segunda-feira, renovando a decisão das assembléias na semana passada por ocupações e mobilizações durante os últimos dias de agosto. Os estudantes estão se opondo a Lei do Ensino Superior, de caráter totalitário e neoliberal, votada há poucos dias por deputados do partido governista Pasok, do partido direitista Nova Democracia, e do partido de extrema-direita Laos. Esta lei elimina o asilo universitário, o ensino gratuito e transforma as universidades em departamentos das empresas.

Enquanto isso, em 5 de setembro, na cidade de Récimno, em Creta, uns policiais das secretas chegaram à porta da universidade local, exigindo entrar no campus para “averiguar se os estudantes ocupavam a universidade e informar a seus chefes”. É claro, não nomearam seus chefes quando foram solicitados a fazê-lo pelos guardas das instalações, que no final não foram autorizados a entrar no campus. Trata-se obviamente de uma arrogância e uma tentativa de intimidar os jovens, rebelados contra o regime, uma vez que as decisões das assembléias estudantis e ocupações são publicadas apenas após a conclusão das assembléias. Tanto eles e os seus amos devem receber a resposta que merecem.

A luta da juventude grega por dignidade e liberdade, contra o totalitarismo, o fascismo e a tremenda ofensiva do Estado e Capital, é uma questão que diz respeito a cada pessoa livre neste mundo. Vamos mostrar a nossa solidariedade da maneira que for possível.

   agência de notícias anarquistas-ana