Quatro veículos da empresa Fabricom foram queimados em Saint-Gilles, na segunda-feira de manhã, 26 de Junho, em solidariedade com xs anarquistas na mira do tribunal anti-terrorista na Bélgica.
Para enviar força e coragem a todxs aquelxs que levam no coração a raiva da rebelião.
É muito pouco, mas fazer barulho à volta deste caso, neutralizar o isolamento, não deixar que o medo nos amordaçasse, isso já é significativo.
Que estoire a Justiça!
A difundir largamente!
CARTAZ SOLIDÁRIO COM XS DOZE COMPAS PROCESSADXS POR PARTICIPAÇÃO EM DIVERSAS LUTAS CONTRA AS PRISÕES, AS FRONTEIRAS E O MUNDO DO PODER E DA EXPLORAÇÃO, LEVADAS A CABO DE 2008 a 2014.
No cartaz pode ser lido:
O ANTI-TERRORISMO BELGA ARREMETE CONTRA ANARQUISTAS E ANTI-AUTORITÁRIXS
Está a ser preparado um julgamento contra 12 insubmissxs – que a justiça belga se empenha em chamar “terroristas”.
O seu crime? Opor-se à ordem estabelecida de maneira autónoma e através da ação direta e cúmulo do cúmulo, assumir isso publicamente. O seu objetivo? A polícia, os bancos, as prisões, as fronteiras, os centros de detenção de imigrantes, os patrões, os cobradores, os eurocrátas, as câmaras de vigilância…em suma, tudo aquilo que nos explora e oprime neste mundo.
Vigilância, espionagem, rastreio, escutas telefónicas, instalação de câmaras nos domicílios, tentativas de infiltração, assaltos, detenções… E agora um julgamento por “terrorismo” e portanto a ameaça de passar largos anos atrás das grades, enfim pode-se dizer que o Estado está a utilizar todos os meios disponíveis!
Apesar de todas estas medidas, a documentação judicial é pouco sólida. E se as lutas são bem reais, a “associação terrorista” não existe senão na imaginação do Estado.
Durante estes últimos anos, xs que escrevemos estas linhas, também nós nos temos tentado opôr à realidade deprimente – que pretendem que se aceite como se fosse o melhor dos sistemas. Nós também – como tantas outras pessoas vindas de muitos horizontes, tomando múltiplas direções – temos feito parte dessas lutas. Nós não podemos tampouco ficar inativxs quando diminui, dia após dia, o pouco ar respirável já existente.
É inconcebível para nós que se deixe que o Estado arremeta contra uns tantos indivíduos, que os esteja a assinalar, manchar, a sujar tanto as suas formas de luta como as suas ideias.
Por isso pensámos que a mais bonita das solidariedades é fazer com que a revolta viva, aqui e agora.
Se lutar pela liberdade faz de nós terroristas, necessitarão então de mais do que uma dezena de lugares no banco dxs acusadxs!
Atualização sobre o caso aqui (francês)