Bastardos – Delatores – Jornalistas
“Os meios de comunicação de massas são para a democracia o mesmo que os tanques para a ditadura”
Os “Núcleos de Nihilistas” assumem a responsabilidade pelo ataque com granada à sede central do canal de bufos SKAI, no sábado, 12 de Julho de 2014, de madrugada.
Na era do império dos mass merda escrevem-se muitas coisas para se só se dizer umas quantas e se esconder a maioria. Os jornalistas apresentam-se como os únicos proprietários da verdade. O que não aparece nas câmaras de televisão, simplemente não existe. Suprime-se… silencia-se… oculta-se…
Tal como se passou com a maior greve de fome (4500 presos) já realizada nas prisões gregas, contra o projecto de lei pela construção de prisões de máxima segurança. A notícia desta greve de fome sem precedentes foi escondida entre as publicidades de telemóveis, detergentes, máquinas eléctricas e os ritmos festivos da Copa do mundo, para que acabasse fragmentada, desfeita, e por fim completamente silenciada.
A luta dxs presxs para que não sejam enterradxs e esquecidxs como mortos-vivos dentro de toneladas de cimento e barras parece que não se encaixa na narração televisiva da vida. Lá, onde a mentira constrói os seus bastiões ideológicos, só o medo e o entontecimento da sociedade do espectáculo têm cabimento. As imagens de pessoas que procuram comida entre o lixo são alternadas com espectaculares desfiles de moda e galas de caridade, enquanto que a notícia do suicídio de milhares de neo-desesperados ex-pequeno-burgueses é esquecida sob a ressonância das fofocas do lifestyle, num infindável negócio televisivo de afasia social… E a vida continua fora da tela, a preto e branco. Uma maneira de pensar massiva e sentimentos com instruções de uso… esta é a fábrica social dos meios de comunicação de massas.
A SKAI com a sua equipa jornalística de lacaios e bufos está a exercer a propaganda do conservadorismo e do medo. Solteironas astutas (I. Mandrou), conselheiros submissos (A. Protosalte), agentes de serviços de informação (Papahelas), lambebotas asquerosos (G. Aftias), cobardes pretenciosos recém-chegados (T. Chatzis), banqueiros histéricos (M. Papadimitriou), todos sob a guia do contrabandista Alafouzos (proprietário do canal) elogiam e santificam as ordens do Poder, enviando à Inquisição qualquer um que se atreva a desafiá-lo.
Poderíamos gastar milhares de palavras para os tele-fiscais pagos. Mas nenhuma ovelha se salvou balindo. No combate contra o existente não vence quem fala “melhor”, mas sim quem transforma as suas palavras em práxis. Por isso não nos agradam os discursos decorados, as análises complexas, a retórica social e a aparentemente séria terminologia política para “justificar” as nossas ações ou para serem agradáveis às massas.
Estamos com a minoria daquelxs a quem não lhes importa as condições objetivas e as etapas intermédias da “revolução social”, e levamos a experiência direta da insurreição anarquista ao aqui e agora…
Do fio da navalha, onde buscamos a verdadeira experiência do ataque, enviamos as nossas saudações e expressamos a nossa cumplicidade com os compas do núcleo de prisão da Conspiração das Células de Fogo, com Andreas Tsavdaridis e Spyros Mandylas que se encontram no módulo A da prisão de Koridallos, com a compa Olga Economidou da CCF, e com todxs aquelxs amigxs dentro das prisões que não se ajoelham perante a tirania do Poder e do desgaste do tempo. Solidariedade e força ao sector na clandestinidade da Conspiração de Células de Fogo, axs compas na Alemanha, Itália, Indonésia, Inglaterra, que reforçam o “Projeto Fénix”, à rede internacional da FAI/FRI e ao guerrilheiro urbano Christodoulos Xiros, que está a ser procurado com uma recompensa pela sua cabeça.
Pensa revolucionariamente, actua ofensivamente.
Ps (1) A presença de alguns transeuntes que por azar passavam no local e o perigo de se ferirem obrigou-nos a não ampliar o ataque como o tínhamos organizado e limitarmo-nos a atirar a granada… Por certo, na próxima vez não nos limitaremos a um mero simbolismo de amedrontamento…
Ps (2) Cada detenção provisória de guerrilheirxs urbanxs, como a de Nikos Maziotis, é uma razão mais para a agudização dos ataques. Força e cumplicidade com xs compas que assumem a responsabilidade política da luta armada.