Na noite passada, de 18 para 19 de Outubro de 2016, vários dos imigrantes que se encontravam presos no C.I.E. de Aluche [Centro de Internamento de Estrangeiros] amotinaram-se no telhado para protestar ao grito de “liberdade”.
Algumas pessoas solidárias acercaram-se de forma expontânea a mostrar-lhes o seu apoio, devolvendo os gritos de coragem e lançando petardos para que os presos se dessem conta de que não estavam sózinhos.
Segundo fontes jornalísticas e policiais o motim terminou após 11 horas, sem feridos.
Na zona encontravam-se alguns carros da polícia, furgonetas de anti-motins e um helicóptero un helicóptero vigiando, acompanhados do vereador de segurança e emergências de Ahora Madrid, Javier Barbero, do de economia e fazenda Carlos Sanchez Mato e ainda os vereadores do distrito de La Latina, Esther Gómez e Guillermo Zapata. Estes novos magnatas da “política de mudança” continuam a representar a defesa das fronteiras, a repressão contra os imigrantes e todo o dissidente político e a mais que dá e sobra presença policial nos bairros de Madrid. Eles igualmente são os responsáveis das políticas migratórias atuais e continuarão a trabalhar ombro a ombro com o poder de qualquer país que lhes exija tomarem medidas estritas quanto às pessoas imigrantes. A sua aparente preocupação e solidariedade é só “dar-se ares” político. Não necessitamos da sua compaixão, não queremos ser parte da sua campanha eleitoral, não caíremos nas suas mentiras.
Não é a primeira vez que ocorre algo assim no C.I.E. de Aluche, um centro de internamento que se encontra no meio do bairro de Aluche e a sua assimilação tem feito com que a presença desta aberração se tenha convertido em algo normal.
Esperamos que continuem a suceder este tipo de ações de rebeldia por parte dos presos assim como esperamos quebrar a maldita calma e normalidade que este edifício representa. Que corra a voz entre os solidários em ocasiões como esta, faz com que não se isolem as vozes dos amotinados no meio da noite, num bairro como Aluche ou onde quer que seja.
SOLIDARIEDADE COM OS PRESOS AMOTINADOS NO C.I.E. DE ALUCHE QUE AGUENTARAM 11 HORAS SOB CHUVA NO TELHADO DA PRISÃO.
ABAIXO AS FRONTEIRAS, AS NAÇÕES E QUEM AS VIGIAM
ATÉ QUE SE DERRUBE A ÚLTIMA DAS PRISÕES
em grego