Passado um mês do desaparecimento do companheiro Santiago Maldonado, difundimos a informação nas ruas, no noroeste da península Ibérica: na Corunha, cidade portuária, da qual partiram centenas de barcos com imigrantes para a América Latina. Cidade onde é praticamente nula a informação que a este lado do Atlântico chega, através dos meios de informação hegemónicos. Também não estávamos à espera de outra coisa.
A Europa colonizadora nunca deixou de o ser – embora pouco ou nada se fale aqui da devastação que as multinacionais europeias e os seus aliados, os Estados, estão a levar a cabo na América do Sul: oculta-se isso, atrás das máscara das ONGs e da mais hipócrita e paternalista das caridades.
Antes que os serviços de limpeza da cidade silenciem de novo as paredes, algo ficará dito sobre o que se passou a 1 de Agosto – nesse dia a Gendarmeria da Argentina sequestrou Santiago, “El Lechu”, na Lof de Resistência Cushamen – e também sobre a repressão e a expropriação constante que sofrem o povo e a Comunidade Mapuche.
Em apoio à situação que enfrentam xs companheirxs em toda a Argentina, e que se expande, rejeitando as fronteiras; em solidariedade com a luta do povo mapuche, para além de qualquer território delimitado pelo estado. Pelo companheiro “Lechuga” e todxs xs que lutam contra a dominação.