É sempre momento para atacar embora não sejamos indiferentes ao panorama actual… enquanto a sociedade se regozija, seduzida pela visita papal – expiando as suas culpas na ansiedade da espera – reivindicamos nós a aventura da ação directa.
A 10 de Janeiro, já noite, animados de autónomos desejos, deixamos um dispositivo incendiário – durante o percurso do I 01 do Transantiago – ativado nas proximidades do cruzamento das ruas Franklin e San Francisco. No momento em que o fogo estava a expandir o chofer borrego acode e sufoca o fogo com um extintor, queimou-se só a parte detrás deste transporte símbolo das lógicas mercantis, que delega tempos e pulsos, adequando o quotidiano a um controlo social mais delimitado, dando as comodidades típicas de uma cultura alienante. Não obstante, a nossa ação despedaça estes tempos, estas comodidades, escolhendo, sem chefes e em horizontalidade, onde e quando fazer e desfazer as negras intenções de conflito permanente contra tudo o que se posiciona como autoridade.
Quer dizer que dando este ataque em tal hora e lugar, para nós as nossas decisões e palavras são um vínculo com o que acreditamos ser o óptimo ao momento de ataque Já que há ritmos que se geram com segurança e, mais ainda, com uma vontade determinante de afilar as feridas aos nossos inimigos. Quanto aos materiais, horários e objectivos só nós é que os fixamos e avançam de acordo com o sentido de guerra… quando pretendermos que o dano-destruição sejam distintos assim o faremos e toda a planificação apontará nesse sentido.
Ninguém nos dirigirá, nunca. Vamos pelo ataque descentralizado, autónomo, livremente associado, anárquico e violento. Saudando xs nossxs companheirxs na prisão. Juan Flores condenado recentemente por ataque explosivo, sob a Lei Antiterrorista e Tamara Sol, com a sua tentativa de fuga – que demonstra como a ousadia é o melhor alimento.
Com todo um mundo por destruir, multiplicar a ação autónoma já!
A 10 anos da sua caída em guerra…
Grupo Autónomo Weichafe Matías Katrileo.
N.T. Foi em 2008, o cobarde ataque que assassinou Matias Catrileo Quezada, jovem estudante universitário comprometido com o processo de resistência mapuche contra as empresas florestais, mineiras, energéticas, assim como latifúndios e o militarismo.
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