Na quinta-feira, 5 de Janeiro de 2012, às 7h00 da manhã,, a polícia invadiu a antiga fábrica de Peiraiki-Patraiki na cidade de Patras, onde se abrigavam dezenas de imigrantes e refugiadxs. Os porcos de uniforme bateram nas pessoas que dormiam sob as ruínas, arrancaram-lhes e queimaram os documentos de alguns e prenderam, provavelmente, mais de 50 pessoas (número exato ainda não confirmado).
Com a cumplicidade de funcionários da Organização do porto de Patras (o dito edifício pertence a esta organização) e, provavelmente, com autoridades municipais, os polícias reuniram todas as roupas, cobertores, colchões, sapatos e o resto dos objetos dos imigrantes em pilhas e deitaram-lhes fogo. As chamas espalharam-se a várias divisões e a outros edifícios próximos, deixando alguns completamente queimados. Os bombeiros chegaram ao local 6h depois(!), às 13h. Como relataram alguns imigrantes, havia dois autocarros cheios de pessoas sequestradas, algumas das quais foram transladadas, de acordo com outras informações, em Atenas.
Às 18h, realizou-se uma concentração e marcha em solidariedade com os imigrantes e refugiados reféns do estado nas ruas centrais de Patras. Neste momento, necessita-se urgentemente de roupas, cobertores, sapatos, utensílios de cozinha e alimentos.
A partir das 17 h de hoje, 6 de Janeiro, as portas do espaço okupado Parartima, no cruzamento de ruas Korinthou e Aratou estarão abertas para receber estes artigos de primeira necessidade.
De referir que a 22 de Dezembro de 2011, cerca de 400 pessoas, na maioria imigrantes, tomaram as ruas da cidade numa manifestação de repúdio à operação policial de 20 de Dezembro, na zona do Rio, durante a qual um jovem afegão de 16 anos ficou gravemente ferido.
Vídeo em inglês, onde os imigrantes e os refugiados relatam que durante o ataque fascista os polícias queimaram também a mezquita informal onde rezavam, deitando o Corão para o lixo.
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