Um grupo de anarquistas invadiu o consulado chileno de Tessalônica no dia 15 de março, em solidariedade aos presos políticos em greve de fome há 33 dias no Chile. Os manifestantes ergueram faixas e gritaram slogans e distribuíram folhetos. Não houve detenções.
COMUNICADO: Os becos sem saída da dominação, a violência autoritária e a estratégia de guerra para a neutralização do inimigo interno são, mais que nunca, características evidentes em todos os estados nos quais se desenvolve a resistência social organizada. No 14 de agosto de 2010, um maravilhoso espetáculo repressivo tomou lugar nas cidades chilenas de Santiago e Valparaíso conduzindo à perseguição de 14 pessoas, 8 das quais foram encarceradas e acusadas de todos os ataques armados, com explosivos e objetos incendiários, que aconteceram nos últimos 3 anos, contra alvos do Estado e do capital no país. A única prova concreta que os levaram a cárcere é sua identidade política, que é sintetizada por seus círculos sociais e suas atividades de luta.
Andrea Urzúa, Camilo Pérez, Carlos Riveros, Felipe Guajardo, Francisco Solar, Mónica Caballero, Pablo Morales, Rodolfo Retamales, que desde então estão encarcerados, levam uma luta importante desde 21 de fevereiro de 2011, em que começaram uma greve de fome exigindo sua liberdade assim como a abolição da lei antiterrorista. Logo após começar a greve, outros 2 companheiros foram reenviados à cárcere depois de um período de prisão domiciliar. Vinicio Aguillera e Omar Hermosilla se uniram à greve 2 dias depois. Através deste posicionamento todos eles demonstram claramente que não estão dispostos a resignar-se nas jaulas da democracia. Através de sua segunda exigência, conseguiram quebrar o isolamento social que fazia parte dos planos do Estado, colocando em evidência a profunda dimensão política de seu caso o qual é significativamente importante para todas as lutas sociais. O arsenal da lei, que todos os estados totalitários modernos têm a sua disposição, é uma ferramenta para a eliminação de qualquer um que seja inimigo consciente contra o domínio. Ainda que sejam os anarquistas os principais receptores da violência mascarada pelas leis, a força da lei do terror não vai extinguir-se depois deles. O resultado desta luta será um legado histórico para o movimento que não ficará parada dentro das fronteiras de nenhum país. Que aconteça então o mesmo com a solidariedade que será expressada, a partir de todos os lugares deste planeta, para com estes companheiros.
Nós lhes desejamos muita força até sua liberação. Nós ficamos juntos a eles nesta difícil luta contra as masmorras do Estado, contra o processo judicial discriminatório e classista, contra as merdas dos meios de comunicação e contra todos aqueles que tentarão bloquear seu caminho até a liberdade.
Assembléia pelo fomento da solidariedade e outros companheiros
15 de março de 2011, Tessalônica, Grécia
agência de notícias anarquistas-ana