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Grécia: Intensifica-se a luta contra a construção de prisões de máxima segurança

Desde 28 de Junho (6º dia de greve da fome em massa), a luta está a ser intensificada, dada a aproximação da votação do projeto de lei pela construção de prisões de máxima segurança – na próxima 5ª feira, 3 de Julho de 2014.

A 27 de Junho, a rede de lutadores presos na Grécia apelou à solidariedade com esta luta, referindo-se também ao caso de greve da fome de Nicolò Angelino, que foi preso em Itália.

Mais de 30 grevistas da fome foram transferidos já para o hospital da prisão de homens de Koridallos; durante a manhã de 28 de Junho os compas Panagiotis Argirou e Michalis Nikolopoulos (membros presos da Conspiração das Células de Fogo) tiveram de ser transferidos também, para o mesmo hospital, tal como os compas Argyris Ntalios, Yannis Michailidis e Nikos Romanos.

No entanto, no serviço de saúde da prisão assim como no hospital não existe pessoal para cuidar dos grevistas que aí são levados de urgência enquanto que a administração da prisão mostra uma total indiferença pelo seu estado de saúde, enviando-os de volta às alas prisionais. Para mais, os carcereiros têm sido postos em “interrupção laboral”, cortando assim, de fato, as visitas axs presxs (dxs advogadxs e famílias). Em resposta a estes fatos, a 27 de Junho ao fim da tarde em Koridallos, os presos permaneceram uma hora a mais fora das suas celas, após o tempo de pátio.

Salienta-se aqui que a compa Olga Ekonomidou, na prisão de mulheres, entrou em greve da fome a 25 de Junho.

Em termos numéricos, presos de mais duas prisões juntaram-se à mobilização (50 em Corinto e 60 na ilha de Kos). Por outro lado, na prisão da ilha de Corfu, mais presos entraram em greve da fome após uma forte e calorosa intervenção solidária junto aos muros deste centro de extermínio, realizada por 20 pessoas na noite de 26 de Junho.

https://www.youtube.com/watch?v=WFCpZjTpZRg

Um vídeo da intervenção junto às prisões de Corfu.

Por fim, em relação à prisão de Alikarnassos (Ilha de Creta), a totalidade dos presos participa nos protestos mediante a abstenção da comida de prisão (para os mais pobres dos presos isto quase equivale a uma greve de fome).

Continuaremos as atualizações sobre este assunto. Incentivamos à reprodução das notícias relativas à luta contra o novo projeto de lei assim como encorajamos à realização de gestos solidários para além das fronteiras.