Mais uma vez – como esperado, claro – o Estado e os media enganosos estão a tentar semear o medo e terror. Todas as prisões na Grécia, excepto asprisões agrárias, são e sempre foram instalações de segurança máxima. Especialmente a cave na prisão feminina de Koridallos, onde os prisioneiros do caso “17 Novembro” têm vivido nos últimos 12 anos e meio, é visivelmente a secção mais fortemente vigiada. O que construíram então em Domokos são prisões de isolamento e não prisões de segurança máxima.
Fora de um estado de direito, eles querem fazer estes prisioneiros invisíveis. Todos os argumentos da extrema direita que passaram e aplicaram a respectiva lei são baseados em mentiras e enganos. Christodoulos Xiros (recapturado a 3 de Janeiro) não escapou de nenhuma prisão, para assim invocarem razões ou falhas na segurança. Ele deixou a sua casa. Estamos assim confrontadxs com uma vingança pura e simples em relação aos/às inimigxs políticxs e principalmente com uma vulgar exploração política para fins de comunicação baratos. O novo anúncio de televisão pré-eleições do extremista de direita Samaras que associa os jihadistas com organizações armadas de contra-violência, mostra a verdadeira razão para a criação destas prisões, assim como o seu enorme pânico.
Eu pergunto-me: de onde é originado o fascismo? Lá, na prisão de Domokos, nada mudou; está tudo como estava antes, assim como qualquer outra prisão. Tudo o que elxs fizeram de diferente foi descobrir, após 12 anos e meio, que estas pessoas subitamente se tornaram perigosas – um delas tem 72 anos – e afastaram-nas das suas famílias, tanto quanto possível no momento, para lhescausarem ainda mais problemas. Nós resistimos, mesmo se nos mandarempara as fronteiras.
Palavras da ex-prisioneira política Angeliki Sotiropoulou — companheira de Dimitris Koufontinas, que de momento é mantido na prisão de tipo C em Domokos— transmitidas durante um programa de radio online (15 de Janeiro, 2015).