A 16 de Janeiro de 2015 foi realizada uma incursão da unidade anti-terrorista da EKAM nas prisões masculinas de Koridallos, mantendo a prisão fechada a partir do meio-dia até a manhã seguinte, privando os presos do seu direito ao pátio e à sua movimentação em geral.
Uns dias antes, a 31/12/2014, na véspera do ano novo, ordenaram-se as transferências de presos às prisões de Domokos para que comecem a funcionar as prisões tipo C, ou seja, a Guantanámo contemporânea. Nos dias seguintes realizaram-se mais transferências a Domokos, enquanto dois membros da Conspiração das Células de Fogo eram levados às celas brancas de isolamento nas prisões para mulheres de Koridallos.
Dentro deste jogo pré-eleitoral que é montado às costas dxs internxs, as mulheres presas são tratadas há algum tempo como sacos de batatas que se apertam e se apinham em armazéns de almas sem que a ninguém lhes interesse. Embora as prisões femininas tenham três módulos com capacidade para 150 pessoas cada um, existem actualmente 120 mulheres que estão apertadas num andar de um único módulo, já que o resto dos espaços têm sido utilizados para outros usos ou permanecem vazios. Não vamos analisar mais os dados, uma vez que ainda há pouco tempo entramos em mobilizações para denunciar todos os problemas que enfrentamos hoje em dia, nem passou muito tempo das promessas que nos fizeram directamente os representantes do ministério e que nunca foram cumpridas.
Porque não vamos tolerar viver mais como animais – que esteja claro que nenhum animal merece viver como nós – porque as prisões do tipo C são hoje para presos do sexo masculino, mas amanhã vão construir outra também por nós e porque não deixaremos os jogos políticos serem jogados nas nossas costas: a partir de hoje, 18 de Janeiro até 21 de Janeiro, recusamos-nos a entrar nas nossas celas durante o encerramento do meio dia, como mostra de apoio às exigências dos presos do sexo masculino nas prisões de Koridallos.