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Atenas: Julgamento do caso intenção de fuga das CCF marcado para 15 de fevereiro de 2016

3quivers15 de fevereiro: Data do julgamento para o plano de fuga da Conspiração das Células de Fogo – Perseguições contra parentes de presxs políticxs

O julgamento dxs companheirxs da Conspiração de Células de Fogo, referente ao plano de fuga das prisões de Korydallos, foi marcado para dia 15 de fevereiro. Um total de 28 pessoas são acusadas neste julgamento. Xs companheirxs da Conspiração de Células de Fogo assumiram a responsabilidade do plano de fuga desde o início defendendo que a sua opção era um meio para continuar a luta anarquista.

Entretanto, a máfia judicial tem vindo a experimentar contra elxs uma chantagem insidiosa e vingativa – na sequência destes factos – além de usarem acusações as mais pesadas possíveis contra várixs dxs acusadxs (cuja relação com xs membrxs da Conspiração de Células de Fogo se limita unicamente a contatos amistosos) e contra quem prepararam já novas guilhotinas.

O inquisidor Eftichis Nikopoulos (juíz especial de apelação contra o terrorismo) e os conselhos judiciais que o seguiram também apresentaram acusações para levar a julgamento xs familiares dxs presxs políticxs: Athena Tsakalou (a mãe de Gerasimos Tsakalos e Christos Tsakalos, membros da CCF), Evi Statiri (companheira sentimental de Gerasimos), e Christos Polidoros (o irmão de Giorgos Polidoros, membro da CCF), sob a acusação de “pertença à organização terrorista Conspiração de Células de Fogo”!!!

Athena Tsakalou e Evi Statiri foram originalmente detidas em Março de 2015 e conseguiram sair logo em seguida do cativeiro.

Athena foi posta em liberdade um mês depois da sua detenção, na sequência da greve de fome dxs membrxs da Conspiração de Células de Fogo e da companheira anarquista Angeliki Spyropoulou. Seis meses mais tarde Evi saía também da prisão, após a greve de fome empreendida por ela e pelo seu companheiro sentimental Gerasimos Tsakalos.

Durante as duas greves de fome foi desenvolvido um movimento multifacetado contra o golpe judicial o qual expressou a sua solidariedade através de concentrações, faixas, ocupações de edifícios, actos de sabotagem e ataques incendiários…

No entanto, após a libertação de Athena e Evi, o movimento de solidariedade obteve somente meia vitória.

Os juízes-carrascos “concederam-lhes” uma liberdade aleijada. Athena foi exilada na ilha de Salamina e Evi só pode se mover num raio de um kilómetro de casa, através de uma “liberdade distância – metro”.

Simultaneamente, foi-lhes proíbida qualquer comunicação com xs seus/suas parentes, isolando-as deste modo atrás de grades invisíveis…

Observa-se também que a estratégia do poder para isolar xs presxs políticxs tem vindo a ser ampliada – como no caso da recente proibição de visitas ao companheiro Nikos Maziotis, membro da Luta Revolucionária [um compa seu amigo foi recentemente proíbido de o visitar na prisão].

De forma similar, a máfia judicial continua a sua alquimia contra familiares de presxs políticxs, tendo detido María Theofilou* [companheira sentimental de Giorgos Petrakakos, assim como a irmã do preso anarquista Tasos Theofilou].

A 15 de fevereiro o poder voltará a erigir as suas guilhotinas contra xs familiares de presxs políticxs.

Agora as suas intenções ficaram muitíssimo claras. De acordo com o dossier de acusação, com mais de 10.000 páginas, decidiram chamar somente 20 testemunhas para suporte (metade das quais são agentes da polícia antiterrorista), com o propósito de aceleramento do processo; parece que as condenações já foram emitidas…

15 de Fevereiro marca o início de uma nova aposta para as pessoas em luta, xs que renegam o Poder, gente em solidariedade…A nossa aposta é anular os planos vingativos do Poder, ficar lado a lado com xs companheirxs, e continuar o que começámos…de modo a se subverter o golpe judicial e enfrentar a perseguição dxs familiares dxs presxs políticxs.

Desde logo porque este julgamento prefigura perseguições futuras. O que está a ser testado hoje, contra parentes de presxs políticxs, amanhã será testado contra amigxs, pessoas em solidariedade, gente em luta …

Por esta razão e todas as razões deste mundo, estamos a preparar-nos uma vez mais para nos aventurarmos em novas batalhas contra as leis da bófia, juízes e sacerdotes do Poder.

A nossa aljava contém muitas flechas, tais como a memória recente dos gestos contra as perseguições fascistas de parentes dxs presxs políticxs e também as marcas frescas das ações para um Dezembro Negro – as que se desviaram dos caminhos silenciosos da paz social.

Perante os desafios colocados pelo Estado e máfia judicial desafiamos à ação insurrecional. Com o julgamento a 15 de Fevereiro como ponto de encontro – para a oposição à perseguição dxs familiares – vamos tornar este Ano Novo (a começar pelo nosso próprio reinício) com chamadas internacionais, assembleias, contra-informação, manifestações, ocupações, actos de sabotagem, ataques, para a derrubada completa do existente. Sem um só momento desperdiçado.

“A pedra, o ferro, a madeira quebram…contudo é impossível quebrar um ser humano determinado pela sua consciência”.

Solidariedade com xs companheirxs da Conspiração de Células de Fogo e a anarquista Angeliki Spyropoulou

Contra a perseguição dxs familiares dxs presxs políticxs
(Christos Polidoros, Athena Tsakalou, Evi Statiri)

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* Em 21 de janeiro de 2016 María Theofilou saiu da prisão Koridallos sob condições restritivas (5000 euros de fiança, a obrigação de se apresentar duas vezes por mês na esquadra de polícia mais próxima).