Há cerca de um ano que estamos ativos como grupo, período em que vimos um ligeiro aumento no tipo de ações nas quais nos revemos e as quais reproduzimos tendo decidido tornar essas ações públicas através deste meio,incentivando à sua replicação. Para além de nós, recentemente só se registou uma tentativa de enquadrar as ações dentro de uma “campanha” ou linha de acção similar, depois disso a resposta foi o silêncio da grande maioria das linhas do anarquismo e do niilismo na Catalunha (ou pelo menos não comunicadas através da Internet).
Mantemo-nos firmes na nossa estratégia e linha política, olhamos as ações da Federação Anarquista Informal (FAI) e outras ações anónimas como pequenos faróis. Aproveitamos esta oportunidade para enviar um abraço de solidariedade a esses/as indivíduos que decidiram passar da teoria à prática, em relação à ação direta material.
Noutros comunicados temos feito chamadas para se integrar a estratégia da sabotagem e/ou a da guerrilha urbana nas vidas e nas palavras que identificam o pensamento como anti-estado, anti-capitalista, anti-autoritário e anti-dominação que é o que alguns de nós entendemos como anarquismo e outros como anarco-nihilismo.
Hoje fazemos uma chamada à coerência em relação aos 5 prisioneiros relacionados com o Ateneu de Sabadell.
Atualmente não temos informação directa deles/as senão através de pessoas próximas e da família. Mas parece que muitos/as correram para se posicionar sobre os/as detidos/as. A falta de solidariedade ou de reação de Barcelona é preocupante.
Todos os olhares se dirigem para outros lugares embora os detidos/as se encontrem em regime de isolamento FIEs. Ao se ler a media corporativa e o Auto do processo as análises balançavam entre se eram “dealers” ou não, ou se tinham ou não chibado. Parece que ao entrar no sistema penal e/ou carcerário espanhol se põe causa o historial dos/as presos/as ou processados/as, no que se refere aos seus fundamentos políticos, morais, sentimentais ou estéticos.
Entretanto, o estado aprisiona cinco indivíduos que, aparentemente, se definem a si mesmos/as como anarquistas.
Isto não é apoiar cegamente ninguém(a partir do anarquismo) mas o facto de os terem detido atinge-nos. Parece que, às vezes, a coerência desaparece da igreja dos anarquistas, principalmente quando a realidade quebra as linhas em que nos enquadramos; é o caso da resposta ao ataque do estado sobre o anarquismo.
O Estado não só irá manter o controlo de como fazemos a nossa vida – isso é quase irrelevante – como irá atrás de nós quando menos esperarmos e onde os/as compas são mais visíveis, tentando gerar paranóia, com a esperança de nos paralisar.
Ultimamente, é cada vez mais comum a media corporativa apontar o dedo aos anarquistas, relacionando-os a grupos terroristas e a pessoas assinaladas como estando na origem de “tumultos” nos movimentos de protesto “pacíficos” – como a Plataforma de Afetados pela Hipoteca (PAH), os “Indignados” 15M, etc; o poder está a separar as águas, preparando o terreno para nos atingir quando publicamente nos dividem em “bons” e “maus” manifestantes.
Esta estratégia não é nova, mas temos que estar vigilantes e dar uma resposta coerente com as nossas declarações:ignorar a situação não é uma resposta, o silêncio não é uma resposta.
A nossa resposta em relação aos/às detidos/as é o começo, a continuação da nossa solidariedade são os nossos ataques.
Solidariedade com os/as 5 detidos/as!!!
Frente ao ataque do estado a un ateneu e ao movimento anarquista destruímos 5 bancos na zona periférica de Hospitalet.
Saúde, anarquia e nihilismo revolucionário!!!