Na faixa colocada em Veria, lê-se: “Solidariedade com o anarquista Tasos Theofilou. Νenhum refém nas mãos do Estado. Julgamento 11/11″
Breve descrição do caso, realizada por solidários/as:
No dia 18 de Agosto de 2012, às 11 horas da manhã,o anarquista comunista Tasos Theofilou, foi sequestrado pelas forças antiterroristas na praça de Kerameikos, no centro de Atenas. Depois de lhe colocarem algemas e um capuz negro na cabeça, foi conduzido à sede da Polícia de Atenas (GADA). Chegado ali, tomaram-lhe amostras de ADN à força e acusaram-no de participação no assalto de um Alpha Bank na ilha de Paros [que teve lugar uns dias antes] assim como do ferimento fatal a um cidadão que tentou impedir a fuga dos assaltantes,para além de participação na organização revolucionária Conspiração de Células de Fogo.
A técnica já habitual das forças antiterroristas foi a denúncia anónima, que “receberam” dias após o assalto, apresentando Tasos Theofilou como um dos autores do assalto, sendo apenas isto o que levou à detenção do compa.
O compa negou todas as acusações desde o primeiro momento. Argumentou que a única coisa envolvida nos eventos de Paros é uma amostra de ADN num objeto em movimento (um chapéu), que estava do lado de fora do banco, o que não implica, de nenhuma forma, a sua presença no assalto. Também questiona a validade do processo de peritagem e da análise da amostra de ADN. Quanto à acusação de pertença à organização revolucionaria CCF, na primeiro texto que publicou – após a sua detenção – explicava que seria impossível formar parte dela devido às enormes diferenças políticas que os separam, sem que isto signifique à partida que não reconheça que compartilhem um lugar comum no campo dos/as que atuam de forma hostil contra o velho mundo. Precisamente, as provas em que se baseia esta acusação estão relacionadas com a operação-fiasco de Dezembro de 2010 na qual 6 anarquistas foram detidos/as por participação numa “organização terrorista desconhecida”, acusação que mais tarde se incorporaria no caso da CCF (os/as 6 detidos/as foram absolvidos/as de todas as acusações por decreto).
Concretamente, segundo o testemunho de um polícia da antiterrorista,o companheiro Tasos Theofilou é considerado membro da CCF devido às suas relações de companheirismo e de amizade com o anarquista Kostas Sakkas (que também nega a sua pertença a esta organização revolucionária). Para além disso, mostra-se que havia facilitado, na região de Agrinio, medidas de contra vigilância a outro anarquista acusado no mesmo caso (Giorgos Karagiannidis), outro fato que Tasos recusa categóricamente, explicando que viu pela primeira vez o compa em fotografias que a bófia publicou, depois de ter sido detido em Dezembro de 2010.
As acusações principais (entre outras) que Tasos Theofilou enfrenta são:
1. Formação e pertença a organização terrorista (CCF).
2. Homicídio intencional.
3. Duas tentativas seguidas de assassinato.
4. Assalto à mão armada em grupo.
5. Fabricação, fornecimento, posse de explosivos.