Na madrugada do dia 20 de Novembro procedeu-se à sabotagem – com material de betão contundente – das zonas férreas da linha 4A do metro de Santiago, à altura da estação metro La Granja[1]. Não podíamos permitir que – no dia seguinte à festividade democrática da eleição – as coisas seguissem o seu curso normal. É que a nós não nos basta chamar a não votar, decidimos posicionarmos-nos contra o Estado e as suas lógicas de controlo e dominação sobre as nossas vidas. Estamos contra o estado, uma das máximas expressões do exercício de autoridade, que tortura e reprime; estamos contra a sua democracia com ilusões de mudança social – oferecidas pelos poderosos e assumidas pela cidadania.
A nossa opção, neste e em todos os processos eleitorais, é a subversão permanente que assinala que uma vida livre se cria na destruição da ordem autoritária e na necessária violência contra os opressores e as suas estruturas de poder.
Com esta ação de sabotagem ampliamos e fazemos chegar a saudação e a cumplicidade solidária a todxs aquelxs que desta vereda confrontam o poder e os seus defensores.
Aos/às nossxs companheirxs sequestradxs nas prisões da democracia: Nataly, Juan e Enrique – que nesta semana será onde o estado e as suas autoridades farão sentir todo o seu castigo. A Marcelo Villarroel, Juan Aliste, Freddy Fuentevilla, Joaquín García, Natalia Collao, Sol Vergara.
Solidariedade com xs companheirxs encarceradxs no âmbito da Operação Scripta Manent, aos/às nossxs irmãos/irmã da Conspiração das Células de Fogo e ao companheiro anárquico Konstantinos Yagtzoglou, axs/às companheirxs perseguidxs pelo estado brasileiro na Operação Erebo.
Contra o estado e a sua democracia.
A nossa única eleição é a violência organizada pela libertação total.
Banda de sabotagem Santiago “Brujo” Maldonado
[1] “Alta afluência de passageiros na Linha 4A do Metro provoca problemas de frequência”. Bio Bio Chile, 20 de Novembro de 2017.
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