No período de 12 a 17 de Setembro de 2015 alguns/mas dxs participantes da rede de Contra Info levaram a cabo uma série de ações em solidariedade com a presa em luta Evi Statiri – em greve de fome desde 14 de Setembro – exigindo o fim da prisão preventiva que lhe foi imposta há seis meses.
Se Evi Statiri está de cana isso deve-se à mania da vingança dos aparelhos repressivos da democracia grega – desencadeada após o plano de fuga falhado dos companheiros presos da Conspiração das Células de Fogo no início de 2015 e tendo como alvo parentes e amigos dos membros da organização.
Quando o Poder se vê incapaz de dobrar presxs subversivxs então volta-se para o seu entorno íntimo e solidário, procurando semear o medo e punir tudo o que não se encaixa no calhamaço da bíblia da legislatura, o que trespassa os muros da prisão, o que vai além da dicotomia inocência e culpa: a solidariedade.
Após Evi Statiri ter escolhido a greve de fome como forma de luta, fazemos uma chamada aos e às companheirxs de todo o mundo para uma ação anarquista polimorfa que fortaleça esse grito de liberdade. Que ressoe nas ruas: EVI STATIRI LIVRE JÁ!
Deixamos aqui algumas das fotos das ações realizadas nos territórios controlados pelos estados da Bolívia,
França, Grécia, Portugal, Chile e Espanha, esperando com expetativa as suas contribuições a contrainfo [arroba] espiv.net
– Uma faixa foi colocada em La Paz (Bolívia), onde se pode ler: “A partir da Bolívia saudamos-te, companheira Evi Statiri, sequestrada pelo Estado grego”; folhetos também foram distribuídos: “Da Bolívia à Grécia, liberdade para Evi Statiri – A tua luta dentro da prisão é um sinal de ferocidade indomável frente ao Poder e repressão” – Folhetos e volantes em Toulouse (França): “Solidariedade com Evi Statiri, presa política na Grécia – Evi Statiri está detida em prisão preventiva nas prisões de Korydallos, na Grécia, desde 2 de Março de 2015, presa por ser a companheira de vida de Gerasimos Tsakalos, membro preso da Conspiração das Células de Fogo (organização revolucionária anarquista internacional). Após ver novamente recusado o seu pedido de libertação, iniciou uma greve de fome no dia 14 de Setembro – Fogo às fronteiras – Fogo às prisões ” – Duas faixas na Escola Politécnica de Atenas, em Exarchia (Grécia): Numa pode ler-se “Evi Statiri, continua firme – Somos todos familiares das Células de Fogo – Morte aos juízes!” e na outra “Nem inocentes, nem culpados – Solidariedade com Evi Statiri” – Uma faixa foi colocada na zona central e turística da cidade de Lisboa, Portugal : “Liberdade para Evi Statiri”. Foram também distribuídos folhetos assinados por alguns e algumas anarquistas onde, além da descrição da situação de Evi e de um extrato da sua carta (prisão de Koridallos, 7 de Setembro de 2015), se pode ler: ” Solidariedade internacionalista e anarquista com Evi Statiri – Após 6 meses de prisão preventiva, ato de pura vingança e arbitrariedade do poder, Evi Statiri iniciou uma greve de fome, a 14 de Setembro de 2015 nas masmorras da democracia grega, até à sua libertação incondicional (…) Liberdade para xs que estão nas celas – Libertação imediata de Evi Statiri – Levantamento das medidas restritivas contra Athena Tsakalo!” – Faixa em Santiago do Chile com as palavras de Evi: “O medo pode governar mas não reina nas mentes e corações das pessoas livres – Evi Statiri livre já” – Pintada a spray onde se pode ler – Evi askatu! (“Evi livre!”, em basco) e outras mais nas ruas de Iruña / Pamplona, Navarra (Espanha)